I Congresso Mundial de Ontopsicologia: um novo critério ético no interior do humanismo

Homem como centro e fonte de evolução para a humanidade. Em Moscou, a Ontopsicologia individuou e formulou um vetor unitário para o fenômeno da globalização em ato no mundo. 

“Existe sempre um homem que inicia, que seleciona um caminho, que começa aquilo que define tudo: é um homem que sucessivamente é reconhecido como resposta a alguma coisa que todos já tinham como exigência na sua história e no seu íntimo. Essa pessoa não é excepcional, e sim uma boa consciência de como a realidade está se movendo”. Com essas palavras, diante de um público de mais de 800 acadêmicos, pesquisadores, representantes de organismos internacionais, professores, empresários, profissionais liberais e estudantes provenientes dos cinco continentes do planeta, o Acad. Prof. Antonio Meneghetti abriu o I Congresso Mundial e XV Congresso Internacional de Ontopsicologia.

Com o escopo de apontar as premissas humanistas ao terceiro milênio e indicar um critério ético comum ao homem globalizado, esse evento histórico promovido pela Associação Internacional de Ontopsicologia (AIO) foi realizado em Moscou, de 8 a 12 de outubro de 1997, no Palácio da Academia das Ciências Russas.

Participaram da cerimônia de abertura do congresso o Prof. Wei Jing Han (Diretor do Instituto de Psicologia da Universidade de Pequim), o Dr. K. Wondwessen (Etiópia), o Dr. A. Goroshko (Presidente do Comitê para a Educação e Deputado da Duma – Assembléia Legislativa – de Moscou), a Dra. V. Dimitrieva (Presidente da Associação Eslava de Ontopsicologia), o Acad. Prof. I. Yuzvishin (candidato ao Prêmio Nobel de Física, Presidente da Academia Internacional de Informatização), o Acad. Prof. Antonio Meneghetti (Presidente da Associação Internacional de Ontopsicologia), o Sr. V. Bogo (Vice-governador do Estado do Rio Grande do Sul), a Dra. J. Barbieri (Presidente da Associação Brasileira de Ontopsicologia), o Sr. G. Cherini (Deputado Estadual do Rio Grande do Sul) e o Dr. Graham Anderson (Universidade de Sidney)

Em entrevista para a publicação do dossiê “Antonio Meneghetti: uma viagem de Sucesso”, o presidente da AIO falou sobre o congresso. “Aquele congresso marcou a guinada do meu interesse intelectual que segue adiante ainda hoje. Com Moscou, concluí meu percurso de terapia individual e social e considero necessário afrontar diversos problemas para o homem de hoje e do futuro. Além disso, era mundial porque era a primeira vez que em um congresso de Ontopsicologia havia representantes de todos os cinco continentes da Terra. Esta foi uma razão, mas não a única. A razão de fundo é que eu queria dar ênfase à globalização”.

Qual é o problema central da globalização? Meneghetti respondeu, em entrevista à mesma publicação. “Precisamos de um critério comum. Sobre o que fundamos o Direito? O homem é a referência para o ordenamento de um plano normativo das condutas sociais. Mas qual homem? O Congresso afronta o tema qual homem deve-se ter como critério?. Continua-se em uma concepção de homem do fim do século XIX, positivista, enquanto eu falo do homem de hoje, com a sua cultura e as suas competências atuais, com os princípios da ONU. A humanidade ainda não conseguiu. Fizemos a ONU, mas ela não existe ainda na ótica do viver comum. É necessário criar princípios reconhecidos por todos. Ainda hoje estes princípios estão atrasados em relação àquele tema.”

A partir desse congresso foi elaborado o livro O critério ético do humano.

Para maiores informações sobre o congresso, indica-se a reportagem Un nuovo criterio etico all’interno dell’umanesimo,  publicado na revista Nuova Ontopsicologia. Roma: Psicologica Ed., ano XVI, n. 1, fevereiro 1998. pp. 5-11.

Os trabalhos apresentados no congresso foram publicados no livro Atti del I Congresso Mondiale di OntopsicologiaRoma: Psicologica Ed., 1999.

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